quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Paulo, de adversário a seguidor de Jesus

Jesus Veio, em primeiro lugar, para os descendentes de Abraão – Os israelitas. Mais o evangelho de Jesus é para o mundo inteiro – É a benção prometida a Abraão mais de três mil anos atrás. Vemos na igreja primitiva como Deus assegura que as boas novas de Jesus serão disseminadas pelo mundo inteiro. O povo de Deus já não é meramente um grupo étnico ou político. O povo de Deus consiste em todos os que, independentemente de raça, gênero ou talentos, aceitam com fé a proclamação divina de que estamos reconciliados com ele por meio de Jesus.

PAULO, DE ADVERSÁRIO À SEGUIDOR DE JESUS.

Um dos adversários mais ferrenhos dos seguidores de Jesus era Saulo. Pertencente à tribo de Benjamim (Fp. 3.5), era natural de Tarso, naquele tempo, o terceiro centro cultural mais importante do mundo, sendo superada apenas por Atenas e Alexandria.
Nasceu cidadão romano (At. 22.28), numa família fluente. Seus antecedentes, portanto, eram judeus, gregos e romanos. Pertencia ao partido dos fariseus, o que significava que, embora conhecesse as culturas grega e romana, dedicava-se totalmente ao serviço do Deus de Israel mediante rigorosa obediência à Lei. Era essa devoção que o levava ver Jesus como blasfemador (que alegava falsamente ser o Filho de Deus) e a igreja como ameaça grave contra a Lei de Moisés e, portanto, contra o futuro do povo judeu. Saulo acreditava sinceramente que estava seguindo a Deus quando se esforçava para eliminar a Igreja. Tendo perseguido e dispersado a igreja em Jerusalém, pôs-se a caminho de Damasco a fim de inquirir os cristãos que para lá fugiram. Na estrada de Damasco, encontra-se com o Jesus ressurreto e passa a ser, ao invés de um adversário ferrenho, um seguidor igualmente ferrenho de Jesus. A partir de então, passa a ser conhecido por seu nome romano, Paulo. Desse momento em diante, serviu ao Cristo com dedicação sem igual na história.
Passou muitos dias em Damasco, pregando a mensagem de Cristo. Em seguida os judeus tentaram matá-lo. Saiu da cidade e passou três anos na Arábia e em Damasco antes de voltar a Jerusalém (Gl. 1.17,18) onde passou 15 dias. Os judeus de Jerusalém também tentaram matá-lo, de modo que voltou a Tarso. Alguns anos mais tarde; foi levado por Barnabé (levita, natural de Chipre primo de João Marcos. A casa de sua mãe era lugar de reunião para os cristãos. Era homem bom e cheio do Espírito Santo. Imponente, persuadiu os discípulos de Jerusalém a receber Paulo e foi enviado para acolher os convertidos gentios em Antioquia) a Antioquia onde foi fundada a primeira igreja gentílica, onde pela primeira vez os discípulos foram chamados de cristãos (At. 11.11.19 – 26).

A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO (à Galácia – c.45-48 d.C)

Com prestigio considerável, a igreja de Antioquia passou a ser a base de operações para a obra missionária de Paulo. Foi de Antioquia que ele partiu para as suas três viagens missionárias e foi para Antioquia que voltou no fim das duas primeiras a fim de prestar relatório. Cristão há mais ou menos 14 anos, Paulo tornara-se um dos líderes da igreja de Antioquia. Já chegara à hora de ele expandir a obra, e levar o nome de Cristo às partes mais longínquas do mundo gentio.
Paulo viajou para Galácia – uma viagem longa, que, para os dias atuais exigia muita coragem, pois teria que ser feita a pé, em lombo de burro, camelo ou por barco.
A construção de um sistema de estradas pavimentadas ao longo de todo o império, executada pelos romanos, tornou a viagem mais fácil por fazer das comunicações terrestres mais amenas e previsíveis como nunca antes.
Paulo e seu grupo viajaram pela ilha de Chipre e da extremidade oeste da ilha navegaram para o norte, para a parte central da Ásia Menor. Passaram por Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe.
Em Antioquia da Pisídia, Paulo iniciou a obra na sinagoga judaica. Alguns judeus da região creram como também muitos gentios. Os judeus incrédulos, entretanto, levantaram uma perseguição e expulsaram Paulo e Barnabé da cidade.
Em Icônio, Paulo e Barnabé passaram muito tempo. Realizaram sinais e maravilhas e muitos creram. Mas outra vez uma coalizão de gentios e judeus os expulsou da cidade.
Em Listra, Paulo curou um aleijado, e foi aclamado deus pelas multidões. Entretanto, posteriormente, o apedrejaram e o deixaram como morto.
Em Derbe fizeram muitos discípulos e depois voltaram, passando por Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia.
Segundo parece, Paulo recebeu o “espinho na carne” (2Co 12:2-7) 14 anos antes de escrever 2 Coríntios, ou seja, aproximadamente na época em que entrou na Galácia (Gl 4:13).

A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO (à Grécia; c. 50-53 d.C)

Paulo e seus companheiros caminhavam em direção ao oeste, rumo a Éfeso, mas Deus o fez parar. Então passou a ir para o nordeste, para a Bitínia, e novamente Deus o fez parar. Em seguida, Paulo se voltou para o Noroeste e chegou a Trôade. Deus que tinha afastado Paulo de Éfeso e da Bitínia, agora o atrai para Filipos onde localizara a primeira igreja de Paulo na Europa.
Tessalônica era a maior cidade da Macedônia. Eles passaram pouco tempo ali, mas fizeram muitos convertidos.
Em Beréia, fizeram muitos crentes.
Em Atenas (onde muitos deuses eram adorados) foi onde Paulo teve a sua pior acolhida – mas também foi sua tarefa mais desafiadora. Não foi um fracasso, conforme alguns sustentam com base numa falsa interpretação da primeira epístola aos Coríntios; ao contrário, foi uma tradução brilhante de sua mensagem para o pensamento e linguagem helenistas. Revelou o quanto Paulo se sentia à vontade com o pensamento grego.
Em Corinto, na Grécia Paulo passou um ano e meio e fundou uma grande igreja.
Depois Voltou para Jerusalém e para Antioquia, sem deixar de fazer uma parada em Éfeso para onde voltaria na terceira viagem missionária.


A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO (Éfeso; c. 54-57 d.C)
Em Éfeso, Paulo fez o trabalho mais maravilhoso de toda sua “extraordinária” carreira. Numerosos adoradores da divindade mais importante de Éfeso, a deusa Diana (Ártemis); se tornaram cristãos. Igrejas foram fundadas num perímetro de 160 km ao redor dela. Éfeso se tornou rapidamente o principal centro do mundo cristão. As três viagens missionárias abrangeram, ao todo, cerca de doze anos, de 45 a 57 d.C. Como resultado, surgiram vários centros cristãos poderosos, implantados em quase todas as cidades da Ásia Menor e da Grécia, no âmago do mundo então conhecido.

A VIDA DE PAULO POSTERIOR A ATOS DOS APÓSTOLOS

Acredita-se, que Paulo foi absolvido por volta de 61 ou 62 d.C. Sabemos que planejara continuar viagem até Espanha (Rm 15.28). Tendo por base a tradição, é possível que Paulo tenha feito a quarta viagem missionária à Espanha, à Grécia e à Ásia Menor em c.63-67d.C. e que tenha escrito as epístolas a Timóteo e Tito durante esse tempo. Depois, foi novamente preso, levado de volta a Roma e decapitado por volta de 67 d.C.
O ministério de Paulo durou cerca de 30 anos. Durante esses anos, ganhou grande numero de pessoas para Cristo, em muitas ocasiões, Deus o ajudou com milagres. Foi perseguido em quase todas as cidades, repetidas vezes foi atacado pelas multidões que tentavam mata-lo, foi espancado, açoitado, encarcerado, apedrejado e expulso de cidade em cidade. Além de tudo isso, tinha que lutar com o “espinho na carne” (2Co 12). Seus sofrimentos são quase incríveis. Acredita-se que o Espírito Santo, foi quem lhe deu o poder sobrenatural para viver em circunstâncias tão adversas e, em meio aos seus sofrimentos, levar milhares de pessoas a Cristo.
A igreja nos dias de hoje pode entender que, assim como Paulo, devemos romper as barreiras e alcançar a todos os povos, levando e pregando o evangelho de Cristo. Devemos ainda usar nosso conhecimento e formação como instrumentos para fazermos a obra de Deus. Temos hoje, a nosso favor, os meios de comunicação e acesso à tecnologia. Tais instrumentos podem facilitar, e muito, a divulgação do evangelho.
Embora vivamos em um mundo capitalista, onde os interesses políticos, sociais e econômicos dêem privilégios a uma pequena parcela da população, aprendemos com Paulo que não devemos nos acovardar, e sim seguirmos em frente levando o evangelismo a todas as classes sociais, povos e nações.
No tempo de Paulo e nos dias atuais nos deparamos, muitas vezes, com os mesmos problemas e vemos que as soluções são iguais ou bem parecidas. Devemos crer, e buscar no Espírito Santo o discernimento necessário para superarmos e solucionarmos cada um dos problemas que iremos enfrentar. Além disso devemos manter nossas igrejas organizadas, bem estruturadas e estarmos em constante comunhão uns com os outros.
Paulo foi um homem sábio, inteligente e estudado, mas sua principal sabedoria não veio do conhecimento humano, em suas cartas ele nos ensina a viver sob a dependência do Espírito Santo na união e comunhão com os irmãos, tendo sempre a certeza de que nossa maior ajuda vem de quem tem todo o poder para realizar a perfeita obra na vida dos homens.
Nenhuma barreira material, moral ou espiritual será capaz de impedir a Igreja de cumprir a sua missão na Terra.
Texto adaptado por: Amanda Ribeiro - Mary Layne - Eunice Gonçalves
Referencia: Manual Biblico de Halley

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