quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A personalidade de Jesus

Jesus em sua natureza humana, possuiu características dignas de admiração. Não somente pela sua grande capacidade de lidar com conflitos, mas, também pelo amor e compaixão que dispensava a todos os que buscavam a sua ajuda.


Jesus conheceu intimamente as dores da existência, porém, mesmo sofrendo-as, por ser rejeitado, ser traído e humilhado; ter tido uma vida árida e sem nenhum privilégio econômico e social, não deixou de manifestar o amor em seu maior grau.

Jesus entendia de madeiras e pregos, mas quando falava, muitos ficavam perplexos. Sua coragem e a gentileza se entrelaçavam na sua oratória. Raramente alguém foi tão sensível e destemido. Sua inteligência era surpreendente, no entanto, viveu plenamente sua natureza humana. Porém, apesar de vivê-la, não se deixou contaminar pelas investidas incessante de seus inimigos, que tinham como alvo desviá-lo de seu propósito inicial. Contudo, manteve-se obediente seguindo o seu caminho com humildade e determinação.

Percebe-se também que, diante de situações difíceis, Jesus portava-se de forma tranquila e não preconceituosa. Abusava de sua criatividade e força de argumentação. Ele foi generoso e benevolente. Demonstrou coragem, mostrando-se confiante diante de situações de eminente perigo. Foi amável e gentil, até mesmo com seus acusadores chegando a clamar a Deus pelo perdão daqueles que o agrediam.

Jesus deixou um grande exemplo de superação. Sua personalidade é um referencial de conduta ética e moral para os que creem na sua existência e apesar de todos os seus atributos divinos, ele verdadeiramente viveu a experiência de possuir uma natureza humana, o que não o impediu de vencer aquilo que parecia impossível.





                                                                                                                        Mary Layne Fernandes

terça-feira, 18 de maio de 2010

O discurso de Cristo abalaria a psiquiatria e a psicologia

Agora imagine Cristo, no atual estágio da psiquiatria e da psicologia, participando daquele congresso científico. De repente, ele se levanta e discursa que se alguém cresse nele, se vivesse o tipo de vida que ele propunha, do seu interior jorraria um prazer inesgotável, fluiria um “rio” de satisfação plena, capaz de irrigar toda a sua trajetória de vida. Certamente todos os presentes naquele congresso ficariam chocados com seus pensamentos. Todos ficariam se perguntando como este homem teve a coragem de afirmar que possui o segredo de como fazer fluir do âmago da mente humana um sentido existencial pleno. Que pensamentos são estes? Como é possível alcançar tal experiência de prazer? Suas palavras causariam um grande escândalo e, ao mesmo tempo, provocariam profunda admiração em alguns!

Ele não seria condenado à morte como na sua época, pois as sociedades modernas se democratizaram, mas, se insistisse nesta idéia, seria expulso daquele evento ou, então, seria taxado como um paciente psiquiátrico. Todavia, como alguém pode ser taxado por dizer palavras tão ousadas, impensáveis, e ser, ao mesmo tempo, intelectualmente lúcido, emocionalmente tranqüilo, capaz de perceber os sentimentos humanos mais profundos e de superar as ditaduras da inteligência? Cristo, de fato, é um mistério.

Em algumas ocasiões, Cristo proferia pensamentos totalmente incomuns, que eram cercados de enigmas, fugindo completamente à imaginação humana. Embora ele tocasse na necessidade íntima de satisfação do homem, suas palavras eram surpreendentes, inesperadas. Se o investigarmos criteriosamente constataremos que, ao contrário do que muitos pensam, seu desejo não era produzir regras morais, idéias religiosas, corrente filosófica, mas transformar a natureza humana, introduzi-la numa esfera de prazer e sentido existencial. Provavelmente nunca ninguém discursou com tanta eloqüência sobre essas necessidades fundamentais do homem como ele.

Cristo era audacioso. Sabia que suas palavras perturbariam a inteligência da sua época e, sem dúvida, das demais gerações, mas ainda assim não se intimidava, pois era fiel ao seu pensamento. Falava com segurança e determinação aquilo que estava dentro de si mesmo, ainda que muitos ficassem confusos diante das suas palavras ou corresse risco de vida.

Se elas fossem ditas na atualidade, alguns psiquiatras ficariam tão perturbados ao ouvi-las que talvez dissessem entre si: “Quem é este homem que proclama tais idéias? Estamos na era dos antidepressivos que atuam no metabolismo da serotonina e de outros neurotransmissores. Só conseguimos atuar na miséria do homem psiquicamente doente, não sabemos fazer do homem um ser mais contemplativo, solidário, feliz. Como pode alguém ter a pretensão de propor uma vida emocional e intelectual intensamente rica, qualitativa?”. Outros talvez comentassem: “Não sabemos nem como estancar as nossas próprias angústias, as nossas próprias crises existenciais, como pode alguém propor um prazer pleno, incessante, que jorra do interior do homem?”.

Cristo, de fato, disse palavras inatingíveis para o atual estágio da ciência. Suas metas em relação ao prazer e ao sentido existencial são tão elevadas que representam um sonho ainda não sonhado pela psiquiatria e pela psicologia do século XXI. Suas propostas são muito atraentes e vão ao encontro das necessidades mais íntimas da espécie humana, que apesar de possuir o espetáculo da construção de pensamentos, é tão desencontrada, submete-se a tantas doenças psíquicas e tem dificuldade de contemplar o belo e viver um prazer estável.

Crer ou não em suas palavras é uma questão pessoal, íntima, pois seus pensamentos fogem à investigação científica, extrapolam a esfera dos fenômenos observáveis.

As idéias e intenções de Cristo, ao mesmo tempo que representam uma belíssima poesia que qualquer ser humano gostaria de recitar, abalam a maneira como compreendemos a vida. Cristo não apenas chocou profundamente a cultura da sua época, mas, se tivesse vivido nos dias de hoje, também perturbaria a ciência e a cultura moderna.


Cury, Augusto Jorge.

Análise da inteligência de Cristo : o Mestre dos Mestres / Augusto Jorge Cury — São Paulo: Academia de Inteligência, 1999. 232 p. ; 21 cm.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Quando colocamos algo na presença do Senhor e nos mostramos totalmente dependentes D’Ele, podemos comprovar quão grande é o Seu amor por nós.
Assim, é possível sentir o cuidado de Deus para com aqueles que desejam realizar a sua obra.
Sentir o Espírito Santo e poder ouvir a sua voz é algo grandioso, sobretudo quando somos solicitados a atender o seu querer.
Ainda que encontramos obstáculos temos a certeza de que o Pai está com os seus olhos voltados em nossa direção e com suas mãos estendidas a nos guiar pelo caminho.

Isso nos garante a certeza da vitória.

A Palavra de Deus nos diz que só há um mediador entre Deus e os homens e este é Jesus Cristo.
Se você ainda não o aceitou como seu "Único e suficiente" salvador; esta é a hora.


Mary Layne fernandes

terça-feira, 4 de maio de 2010

ADORAÇÃO A MARIA


Maria, o mesmo que Miriam ou "amada", deve ser respeitada e, por ser a mãe do Senhor Jesus, não podemos dizer dela menos que Isabel: "Bendita és tu entre as mulheres... E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?" Em seu "Magnificat", Maria demonstra a sua humildade e, aí, vemos o porquê da sua escolha por Deus. De fato, ela é venturosa entre as mulheres, por ser a escolhida para mãe do Salvador. Mas, de modo nenhum, devemos fazê-la motivo de adoração. É pecado adorar, não somente a Maria, mas a qualquer outro nome que não seja o do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Ela mesma, em seu cântico (Lucas 1.47), afirma: "E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador". Este versículo bíblico é uma confirmação de que ela necessitava também da salvação. Ora, como alguém que carece de salvação pode salvar outros? Além do mais, só os cegos espirituais,não vêem a grande diferença entre o Senhor Jesus e Maria. E quem a ela rende culto prova a sua total ignorância das Sagradas Escrituras.
A história tem mostrado quantas aberrações têm sido cometidas, quanto a esses fatos. A adoração a Maria e a inúmeros outros santos, como é sabido de todos, foi uma coisa forjada pelo romanismo. Qualquer novo convertido ao Evangelho sabe que em nenhum outro nome há salvação, a não ser no nome de Jesus.
Quanto à salvação, o próprio Jesus dissse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", Jo 14.6; "... tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vô-lo concederá", Jo 15.16b; "... Eu sou a porta das ovelhas", Jo 10.7.
- Que disse o apóstolo Pedro, acerca de Jesus? - Ele disse "e não há salvação em nenhum outro nome, dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos", At 4.12.


A Bíblia Responde - Edições CPAD - P.69

quinta-feira, 29 de abril de 2010

METAS TÃO OUSADA PARA UMA HUMANIDADE TÃO LIMITADA


Cristo falava de um amor estonteante. Um amor que irriga o sentido de vida e o prazer da existência.
Um amor que se doa, que vence o medo, que supera as perdas, que transcende as dores, que perdoa.
Ele vivenciou esta história de amor. O amor aplainava suas veredas, fazia-o sentir-se satisfeito, sereno, tranqüilo, seguro, estável, em detrimento dos longos e dramáticos invernos existenciais que vivia.
A uns ele dizia “não chores”, a outros “não temas” e ainda a outros “tendes bom ânimo”. Estava sempre animando, consolando, compreendendo e envolvendo as pessoas e encorajando-as a superar seus temores, desesperos, fragilidades, ansiedades. Cristo demonstrou uma disposição impensável de amar, mesmo no ápice da dor.
Suas palavras e atitudes são como um sonho para as sociedades modernas que mal conseguem escalar alguns degraus da cidadania e do humanismo. Se transportarmos o pensamento de Cristo para a atualidade, podemos inferir que ele queria construir na humanidade uma esfera tão rica afetivamente que o ser humano deixaria de ser um mero nome, “conta bancária”, “título acadêmico”, “número de identidade”, e passaria a ser uma pessoa insubstituível, singular e verdadeiramente amada.
Somente o amor torna as pessoas insubstituíveis, especiais, ainda que não tenham status social ou cometam erros e experimentem fracassos ao longo da vida.
Qualquer mestre deseja que seus discípulos se tornem sábios, tolerantes, criativos e inteligentes. A bela Academia de Platão tinha no máximo essas exigências. As teorias educacionais e psicopedagógicas de hoje têm uma exigência menor ainda, pois não incluem a conquista da tolerância e da sabedoria na sua pauta. Nem o inteligente Piaget colocou tais metas em sua pauta intelectual. Contudo, Cristo foi muito mais longe que a Academia de Platão e que as metas educacionais da modernidade.
Os que seguiam o mestre dos mestres tinham que aprender a não apenas destilar sabedoria nos invernos da vida, percorrer as avenidas da tolerância, e expandir a arte de pensar, mas também aprender a mais nobre de todas as artes, a arte de amar. Ninguém teve metas tão elevadas para uma humanidade tão limitada...
 
Augusto Cury - Análise da Inteligência de Cristo
O Mestre dos Mestres

terça-feira, 20 de abril de 2010

O beijo de Judas Iscariotes e a amabilidade como Cristo trata seu traidor

Antes de Cristo ser julgado, várias tentativas tinham sido feitas para prendê-lo, todas sem sucesso.
Numa delas, os sacerdotes e os fariseus ficaram indignados com os soldados que voltaram de mãos vazias. Dessa vez, a frustrada tentativa não recaiu sobre o medo da reação da multidão, que não aceitaria a prisão de Cristo, mas porque os soldados ficaram atônitos com as suas palavras. Eles disseram aos sacerdotes que “nunca alguém falou como este homem”. Os sacerdotes, indignados com os soldados, os repreenderam e disseram que ninguém da cúpula judaica havia acreditado nele, apenas a “ralé” inculta. O que não era verdade, pois vários sacerdotes e fariseus admiravam e acreditavam em Cristo, mas tinham medo de declarar isso em público.
Apesar de várias tentativas frustradas, chegou o momento de ele ser traído, preso e julgado. Ele impressionou os soldados que o prenderam por se entregar espontaneamente, sem qualquer resistência. Além disso, intercedeu pelos três discípulos que o acompanhavam, pedindo aos guardas que não os prendessem. Assim, no momento em que foi preso, continuou a ter atitudes incomuns; ainda havia disposição nele para cuidar fraternalmente do bem-estar dos seus amigos.
Quando sofremos, só temos disposição para aliviar nossa dor, mas quando ele sofria ainda havia disposição nele para cuidar dos outros. E não apenas isso, na noite em que foi traído, sua amabilidade e gentileza eram tão elevadas que teve reações impensáveis com seu próprio traidor.

Vejamos.

Cristo foi traído e preso no jardim do Getsêmani. Era uma noite densa e ele estava orando e esperando esse momento. Então, Judas Iscariotes apareceu com um grande número de guardas. Cristo tinha todos os motivos para repreender, criticar e julgar Judas. Todavia, o registro de Mateus diz que, mesmo nesse momento de profunda frustração, ele foi amável com seu traidor chamando-o de amigo, dando-lhe, assim, mais uma oportunidade para que ele se interiorizasse e repensasse em seu ato. Judas, nesse momento, fez um falso elogio: “Salve, ‘Mestre’!”, e o beijou. Jesus, porém, lhe disse:
“Amigo, para que vieste?”. Aqui há algumas importantes considerações a serem feitas.
O beijo de Judas indica que Cristo era amável demais. Judas, embora estivesse traindo seu mestre, embora o conhecesse pouco, conhecia o suficiente para saber que ele era amável, dócil e tranqüilo. Sabia que não seria necessário o uso de nenhuma agressividade, nenhuma emboscada ou armadilha para prendê-lo. Um beijo seria suficiente para que Cristo fosse reconhecido e preso naquela densa noite escura no jardim do Getsêmani.
Qualquer pessoa traída tem reações de ódio e de agressividade. Por isso, para traí-la e prendê-la são necessários métodos agressivos de segurança e contenção. Entretanto, Cristo era diferente. Judas sabia que ele não reagiria, que não usaria qualquer violência e muito menos fugiria daquela situação, portanto bastava um beijo. Em toda história da humanidade, nunca alguém, por ser tão amável, foi traído de maneira tão suave!
Cristo sabia que Judas o trairia e estava aguardando por ele. Quando ele chegou, Cristo, por incrível que pareça, não o criticou nem se irritou com ele. Teve uma reação totalmente diferente do nosso padrão de inteligência. O normal seria ofender o agressor com palavras e gestos ou emudecer diante do medo de ser preso. Porém Cristo não teve essas reações. Ele teve a coragem e o desprendimento de chamar o seu traidor de amigo e a gentileza de levá-lo a se interiorizar e a repensar sua atitude.
Perdemos com facilidade a paciência com as pessoas, mesmo com aquelas que mais amamos.
Dificilmente agimos com gentileza e tranqüilidade quando alguém nos aborrece e nos irrita, ainda que esse seja nosso filho, aluno, amigo ou colega de trabalho. Desistimos fácil daqueles que nos frustram, decepcionam.
Judas desistiu de Cristo, mas Cristo não desistiu de Judas. Ele deu-lhe até no último minuto uma preciosa oportunidade para que ele reescrevesse sua história. Que amor é esse que irrigava a emoção de Cristo com mananciais de tranqüilidade num ambiente desesperador? Que amor é esse que o conduzia, mesmo no ápice da sua frustração, a chamar seu traidor de amigo e a estimulá-lo a revisar a sua vida? Nunca, na história, um traidor foi tratado de maneira tão amável e elegante! Nunca o amor chegou a patamares tão elevados e sublimes.

Análise da inteligência de Cristo : o Mestre dos Mestres
 Augusto Jorge Cury — São Paulo: Academia de Inteligência, 1999.

sábado, 3 de abril de 2010

Cristo não poderia ter sido fruto da criatividade intelectual de algum autor


Por um lado, há muitos fatos psicológicos que demostraram claramente que os autores dos evangelhos não tinham a intenção consciente e inconsciente de criar literariamente um personagem como Cristo foi; por outro lado, precisamos investigar se a mente humana tem capacidade de criar uma personalidade como a dele.

Vejamos.

Cristo não se comportava nem como herói nem como anti-herói. Sua inteligência era ímpar. Seus comportamentos fugiam aos padrões do intelecto humano. Quando todos esperavam que falasse, ele silenciava. Quando todos esperavam que tirasse proveito dos atos sobrenaturais que praticava, pedia para que as pessoas ajudadas por ele não contassem a ninguém o que havia feito. Ele evitava qualquer tipo de ostentação. Que autor poderia imaginar um personagem tão intrigante como esse? Na noite em que foi traído, facilitou sua prisão, pois levou consigo apenas três dos seus discípulos. Não quis que a multidão que sempre o acompanhava estivesse presente naquele momento. Mesmo com a presença de alguns discípulos já houve alguma agressividade naquela situação, pois Pedro feriu um dos soldados. Não queria derramar sangue ou causar qualquer tipo de violência. Ele estava preocupado tanto com a segurança das pessoas que o seguiam como com a dos seus opositores, daqueles que o prenderam5. É incomum e muito estranho uma pessoa se preocupar com o bem-estar dos seus opositores! Ele previu a sua morte por algumas vezes e facilitou sua prisão. O mundo dobrou-se aos seus pés não pela inteligência dos autores dos quatro evangelhos, pois neles não há intenção de produzir um texto com grande estilo literário. O mundo o reconheceu porque seus pensamentos e atitudes eram tão eloqüentes que falavam por si só, não precisavam de arranjos literários dos seus biógrafos. O que chama a atenção nas biografias de Cristo são seus comportamentos incomuns, seus gestos que extrapolam os conceitos, sua capacidade de considerar a dor de cada ser humano mesmo diante da sua própria dor. Estudaremos que suas idéias eram tão surpreendentes que não têm precedente histórico. Até os seus momentos de silêncio tinham grande significado. Creio que diversas passagens, expressas em suas quatro biografias, possuem tantos segredos intelectuais que muitas não foram compreendidas nem pelos seus próprios autores na época em que as escreveram. As reações de Cristo realmente contrapõem-se aos nossos conceitos, estereótipos e paradigmas (modelos de compreensão e padrões de reação).

Vejamos sua entrada triunfal em Jerusalém.

Após ter percorrido por um longo período toda a região da Galiléia, inúmeras pessoas o seguiam. Agora, havia chegado o momento de entrar pela segunda e última vez em Jerusalém, o grande centro religioso e político de Israel. Naquele momento, Cristo estava no auge da sua popularidade. As pessoas estavam eufóricas e o proclamavam como rei de Israel6. Alguns discípulos, que àquela altura ainda não estavam cientes do seu desejo, até disputavam quem seria maior se ele conquistasse o trono político7. Os discípulos e as multidões estavam extasiadas. Entretanto, mais uma vez ele teve uma atitude imprevisível que chocou a todos. Quando todos esperavam que ele entrasse triunfalmente em Jerusalém, com uma grande comitiva e pompa, tomou uma atitude clara e eloqüente que demonstrava que rejeitava qualquer tipo de poder político, pompa e estética exterior. Ele mandou alguns dos seus discípulos pegar um pequeno animal, um jumentinho, e teve a coragem de montar naquele desajeitado animal. E foi assim que aquele homem superadmirado entrou em Jerusalém. Nada é mais satírico e desproporcional do que o balanço de um homem transportado por um jumento... O animal é forte, mas é pequeno. Quem o monta não sabe onde colocar os pés, se os levanta ou os arrasta pelo chão. Que cena impressionante! As pessoas, mais uma vez, ficaram chocadas com o comportamento de Cristo. Mais uma vez ficaram sem entendê-lo. Os seus discípulos, que estavam tão eufóricos com tanto apoio popular, receberam um “balde de água fria”. Porém, as pessoas, confusas e ao mesmo tempo admiradas, colocavam suas vestes sobre o chão para ele passar e o exaltavam como o rei de Israel. Elas queriam proclamá-lo um grande rei e ele demonstrava que não queria nenhum poder político. Queriam exaltá-lo, mas ele expressava que para atingir seus objetivos, o caminho era a humildade, era preciso aprender a se interiorizar. Cristo propunha uma revolução que se iniciava no interior do homem, no secreto do seu ser, e não no exterior, na estética política. É impressionante, mas ele não se mostrava nem um pouco preocupado, como geralmente ficamos, com aparência, poder, status social, opinião pública. Imaginem o presidente dos EUA, no dia da sua posse, solicitando aos seus assessores que arrumem um pequeno animal, como um jumento, para ele entrar na Casa Branca. Certamente esse presidente seria encorajado a ir imediatamente a um psiquiatra. A criatividade intelectual não consegue criar uma personalidade que possui uma inteligência requintada e, ao mesmo tempo, tão despojada e humilde. Uma pessoa, no auge da sua popularidade, explode de orgulho e modifica o padrão das suas reações. Algumas, ainda que humildes e humanistas, ao subir num pequeno degrau da fama olham o mundo de cima para baixo e se colocam, ainda que inconscientemente, acima dos seus pares. Cristo estava no ápice do seu sucesso social, todavia, ao invés de se colocar acima dos outros, ele desceu todos os degraus da simplicidade e do despojamento, e deixou todos perplexos com sua atitude. Se caminhasse a pé seria mais digno e menos chocante. Porém ele preferiu subir num pequeno animal para estilhaçar os paradigmas das pessoas que o contemplavam e abrir as janelas das suas mentes para outras possibilidades. Qualquer presidente do mais miserável dos países entraria com mais pompa e estética na sede do seu governo. As características da personalidade de Cristo realmente ultrapassavam os limites da criatividade intelectual humana. Ele surpreendia até os biógrafos que conviveram com ele. A personalidade de Cristo foge aos parâmetros da imaginação. Sua inteligência flutuava entre os extremos. Em alguns momentos expressava uma grande eloqüência, coerência intelectual e segurança e, em outros, dava um salto qualitativo e expressava o máximo da singeleza, resignação e humildade. Cristo possuía uma personalidade tão requintada que se expressava como uma melodia que rimava entre os extremos das notas musicais. Conheço muitas pessoas, entre elas psiquiatras, psicólogos, intelectuais, cientistas, escritores, empresários. Entretanto, nunca encontrei ninguém cuja personalidade possuísse características tão surpreendentes como a dele. Quem é que no auge do seu sucesso conserva suas raízes mais íntimas? Essa perda de raízes diante do sucesso nem sempre ocorre pela determinação do “eu”, mas por processos intelectuais que fogem ao controle do eu. Muitas pessoas, depois de alcançar qualquer tipo de sucesso, perdem, ainda que inconsciente e involuntariamente, não apenas as suas raízes históricas, mas também sua capacidade de contemplação do belo diante dos pequenos eventos da rotina diária. Por isso, com o decorrer do tempo diversas pessoas que conquistam a notoriedade se entediam com a fama e acabam procurando uma vida mais reservada.

Será que alguns personagens da literatura mundial aproximaram-se da personalidade de Cristo?

Desde que Gutenberg inventou as técnicas gráficas modernas, tem havido dezenas de milhares de autores que criaram milhões de personagens na literatura. Será que algum desses personagens teve uma personalidade com as características de Cristo? Está aí um bom desafio de investigação! Realmente creio que não. As características de Cristo fogem ao padrão do espetáculo da inteligência e criatividade humanas. No passado, Cristo era para mim fruto da cultura e da religiosidade humana. Porém, após anos de investigação, convenci-me de que não estou estudando a inteligência de uma pessoa fictícia, imaginária, mas de alguém real, que andou e respirou nesta terra. É possível rejeitá-lo, todavia se investigarmos as suas biografias não há como negar a sua existência e reconhecer a sua perturbadora personalidade. A personalidade de Cristo é “inconstrutível” pela imaginação humana.
   
                                              Augusto Cury - Análise da Inteligência de Cristo - O Mestre dos Mestres

segunda-feira, 8 de março de 2010

Os cristãos não pertencem a si mesmos, mas ao Senhor. Isto os leva, inclusive, à autonegação, tanto em relação a outros quanto em relação a Deus. Em relação a outros, os cristãos negam a si mesmos perdoando e sendo humildes, bem como servindo a outros em amor.
Em relação a Deus, autonegação significa sujeitar-se aos Seus julgamentos, procurando não fazer outra coisa senão a vontade divina, e carregando a cruz.
O carregar da cruz não é algo que acontece para alguns cristãos desafortunados, mas é um sinal necessário da vida cristã.
A atitude cristã para com a cruz, entretanto, é muito diferente da atitude estóica.
O estóico busca o controle de si mesmo e a firmeza; o cristão simplesmente confia em Deus e admite a fraqueza. Assim, as provações estóicas acumulam orgulho e pecado, enquanto que a cruz cristã nos afasta da autoconfiança e nos leva para a confiança em Deus.
Todo cristão alcançado pela graça de Deus em Cristo Jesus, torna-se liberto do pecado e, por conseguinte, liberto da Lei. “Em Cristo, o problema religioso do pecado é resolvido, e o homem restabelece sua comunhão com Deus. A desobediência é transformada em obediência; a imagem de Deus no homem é renovada e ele deixa a escravidão”. Assim, a nova vida é uma vida em comunidade, a Igreja. E esta, é chamada e enviada para o cumprimento de sua missão.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Por que as pessoas sofrem?

"Há muito tempo que deixei de perguntar por quê. Isso não me leva a lugar nenhum... Sei pouco, mas do que sei, eu sei profundamente... Sofrimento é; da mesma maneira é a vida..."

Entendo que não é fácil responder a essa pergunta. Todavia, devemos lidar com essa realidade .
Quando estamos diante do sofrimento, meditamos sobre a vida e o que realmente valorizamos. Refletimos sobre a nossa fé, nossa conduta moral e nossos comportamentos.
Fato é que o sofrimento nos leva a uma grande luta interior, muitos porquês, pairam sobre nossa mente. Porém, questionar, com "pré-conceitos", superioridade ou curiosidade não nos levará a lugar algum.
Talvez seja mais produtivo refletir sobre como resolver a causa do sofrimento à questionar sobre os porquês do mesmo.
As causas do sofrimento humano não são claras, mas temos que ter esperança no amor de Deus. Em Romanos 8:39 temos a garantia de que , "nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".
O Cristianismo tenta lidar com o sofrimento do outro de uma maneira séria e honesta. Crendo num Deus que sabe e conhece todas as coisas e ama cada ser humano de forma única e incondicional.
Não há como fugir das dificuldades que enfrentamos na vida, entretanto, podemos aprender com cada uma delas.
É necessário buscar no sofrimento, aquilo que ele trás consigo; além da dor e desilusões.
CRESCEMOS, QUANDO SOFREMOS! Se conseguissemos perceber o quanto aprendemos com a dor, valorizariamos cada momento do nosso sofrer. Afinal, não é verdade que possamos eliminar da vida as grandes contrariedades, as decisões custosas, a doença, o esforço quase insuportável, a dor física e moral, a morte. Seremos felizes com eles ou não seremos felizes nunca.
A vida é de tal maneira que o homem deve erguer-se nela como um castelo. Deve ser construído, pedra a pedra, de forma a permanecer no seu lugar quando sopram ventos inesperadamente fortes; realizando aquilo que dele se espera, aquilo a que se comprometeu, e o tornará  feliz.
Fazendo cumprir assim a palavra que nos diz que a Graça de Deus se faz suficiente em nossas vidas (2ª Coríntios 12:9), nos fazendo fortes quando verdadeiramente nos declaramos fracos. Aperfeiçoando assim o poder de Deus em cada um de nós.
Portanto,quando te parecer que tudo está perdido, sorria, se puderes. É que te estão a oferecer um degrau que te deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Veja nisso o sinal de que - por qualquer razão - é tempo de louvar a Deus.
Afinal, há  metamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta.
Não te queixes, porque receberás asas e cores novas.


CATM - Disciplina Aconselhamento Cristão - Adaptado por Mary L. Fernandes

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Uma formiga me levou a orar...



"Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. 
A formiga a carregava com sacrifício.
Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.
Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.
A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha.
Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada.”
Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.
Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.
Invejei a persistência, a força daquela formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
Que me desse a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia.
Que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.
Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.
A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.
Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada. Agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.
Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente."

Autor desconhecido

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EU ESTOU DE PÉ

Na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos havia um professor de filosofia que era um ateu convicto. Sempre sua meta principal era tomar um semestre inteiro para provar que DEUS não existe. Os estudantes sempre tinham medo de argui-lo por causa da sua lógica impecável.
Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora, às vezes surgisse alguém que o tentasse, nunca o vencia.
No final de todo semestre, no último dia, fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos:
- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
Em 20 anos ninguém ousou levantar-se.
Sabiam o que o professor faria em seguida. Certamente diria:
– Porque qualquer um que acredita em Deus é um tolo! Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse. Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso!
E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços.
E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a DEMONSTRAÇÃO.
A maioria dos alunos pensava que Deus poderia não existir. Certamente, havia alguns cristãos, mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé.
Bem… há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor.
O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse.
Nada do que dissessem abalaria sua fé… ao menos era seu desejo.
Finalmente o dia chegou.
O professor disse:
- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de Pé!
O professor e os 300 alunos viram, atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala.
O professor gritou:
- Você é um TOLO! Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!
E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar.
O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça… encarou o jovem e… saiu apressadamente da sala. O rapaz caminhou firmemente para frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus.
Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.

EU ESTOU DE PÉ! ALGUÉM ME ACOMPANHA?


(Autor desconhecido)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Prisões da Alma

Às vezes me surpreendo ao ver o quanto às pessoas tem sido egocêntricas e mesquinhas.

A cada dia é possível ser impactado por sentimentos desumanos manifestados de forma brutal até mesmo por pessoas que gritam aos “quatro ventos” e acreditam que conhecem a Deus.

A bíblia nos fala acerca da impossibilidade de conhecer a Jesus e não ser transformado por Ele.

Em João 8:32 está escrito: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Acredito que a verdade a qual se refere as Escrituras é a palavra de Deus, deixada por Ele como forma palpável da manifestação do seu Espírito Santo afim de nos instruir a praticar a sua vontade. Quanto a libertação citada no mesmo versículo de forma clara e ao mesmo tempo imperativa é a libertação da alma, visto que esta pode ser aprisionada ainda que aquele que a possui esteja fisicamente livre.

É preciso refletir sobre as “varias” prisões de nossas almas. Quais os motivos que nos levam a agir (às vezes) como animais irracionais, o que alias é uma comparação injusta, visto que animais não matam por prazer, não constroem bombas de destruição em massa e tão pouco destroem o seu próprio habitat.

Somos seres dotados de inteligência e emoções. Sabemos o que é certo ou errado, podemos discernir entre o que é bom ou ruim. Portanto, é preciso voltarmos para o nosso interior e resgatarmos a nossa essência. Essência de paz, de amor, igualdade e compreensão para que assim, possamos construir um mundo melhor.

Escrito por: Mary Layne Fernandes

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A falta que a solidariedade faz...

Em tempos de “crise mundial”, “guerras santas”, alto índice de mortalidade infantil”, expressivo percentual de gravidez na adolescência e/exploração inadequada dos recursos naturais; tendemos a nos perguntar:
O que tenho eu com isso?
Quantas vezes alguém lhe procura para falar de um problema ou alertar para uma situação e você não dá ouvidos, pelo simples fato de achar que aquilo não tem nada a ver com a sua vida?
 


O texto a seguir sugere uma reflexão sobre isso:

Aquele problema que não lhe diz respeito pode vir a afetar a sua vida muito mais rapidamente do que às vezes você imagina. E, mesmo se não afetasse diretamente, só o espírito de solidariedade já seria suficiente para você dar atenção aos outros.
 



"Um rato, olhando pelo buraco da parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado.
Correu para o pátio da fazenda, advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me senhor rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me senhor rato, não há nada que eu possa fazer a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado em minhas preces.
O rato dirigiu-se, então, à vaca. Ela lhe disse:
- O quê, senhor rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não.

Ao final do dia, o rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que, para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro, então, sacrificou a vaca, para alimentar todo o povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco."

Autor Desconhecido

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Passarinho

Existia, próximo a uma pequena cidade, uma casinha bem simples, no alto da serra, onde morava um velho, sábio, contador de estórias, uma pessoa querida e respeitada por todos que viviam naquela região.
Certo dia, um grupo de garotos travessos e com energia transbordando, tiveram uma "brilhante" idéia:
"_ Hoje, nós vamos desbancar aquele velho! Vamos mostrar pra ele que ele é capaz de errar. A gente pega um passarinho, bem pequenininho, coloca entre as mãos, vai até ele e pergunta o que é que a gente tem na mão. Como ele é sábio, facilmente vai responder. Aí é que a gente ferra ele: vamos perguntar, depois que ele acertar que é um passaro, se o passarinho está vivo ou morto. Se ele responder que está vivo, a gente aperta a mão e torce o pescoço do passaro, mostrando pra ele que está morto; se responder que está morto, a gente abre a mão e o bichinho ai voando. de todo jeito, ele vai sair perdendo."
E assim fizeram. Pegaram o passarinho e dirigiram-se, eufóricos, até à casa do velho. Aproximaram-se, todos contentes, e foram logo perguntando, já subestimando a capacidade do homem:
"_ O que é que a gente tem aqui entre as mãos? Ele olhou... olhou..., observou bastante e respondeu: "_ Um passarinho."
"_ Muito bem! Acertou. Agora, diga-nos: esse passarinho está vivo ou está morto?
Olhando bem nos olhos de cada um dos garotos, com voz serena e cheia de autoridade, respondeu: "_ Depende de vocês! A vida ou a morte desse passarinho está nas suas mãos.
Retirado do livro: Histórias e Fábulas Aplicadas a Treinamento
Albigenor e Rose Militão - ED. Qualitymark

Curta a nossa pagina no Facebook

SEGUIDORES

"A GRAÇA DA GARÇA"