quinta-feira, 16 de março de 2017

Quer emagrecer? Não comece pela dieta!

Geralmente, quando as pessoas decidem pela perda de peso, pensam logo em retirarem da dieta os alimentos ricos em carboidratos e gorduras.

Contudo, fazer dieta não significa passar fome, ou comer apenas salada...

Adotar atitudes radicais pode até promover o emagrecimento rápido, mas dificilmente o fará conseguir manter esse peso depois de alcançá-lo. Para tanto, é preciso não apenas rever a sua forma de se alimentar mas também avaliar os motivos que o levaram a obesidade.

Afinal, é muito comum associarmos a obesidade ao comer desenfreado, a falta de auto controle, a má qualidade dos alimentos que ingerimos, a falta de vergonha na cara, fraqueza de caráter e até mesmo desleixo com a própria aparência. Mas a verdade é que por trás do excesso de peso tem sempre uma história que é particular de cada um que sofre com esse problema.

O peso da obesidade - Números que a balança não registra



Atualmente, parte da sociedade vive sob o jugo de um modelo de beleza que se mostra cruel e reforçador dos padrões escravistas. Visto que tende a nos obrigar a   quadrarmos no que é considerado por grande parte da população algo bonito e agradável de se ver.

Tais exigências promovem em alguns, um peso emocional que não pode ser mensurado pela balança, já que ele não se apresenta como matéria mas sim como emoções que na maioria das vezes são negativas e demasiadamente prejudiciais à aqueles que as alimentam. Nesse contexto, considera-se importante avaliar as crenças e valores que determinam o grau de afeto das exigências culturais que movem o sujeito. Já que muitos de nós tendemos agir segundo aquilo que acreditamos ser verdadeiro ou que em algum grau faça sentido pra gente. 

Quando o assunto é dieta, a verdade é que o problema não estar em querer ser magro, mas sim em querer se-lo a qualquer custo, apenas para se enquadrar em uma moldura que tende a ser universal,  contrapondo a ideia de individualidade inerente ao ser humano.


Dito isto, é importante pensar em quanto vale o olhar do outro e quais as implicações desse ato. 

Muitas vezes, somos motivados pela "força" que o outro exerce sobre nós, em busca de um reconhecimento que a princípio funcionaria como combustível para auto estima. Contudo, o ideal é que se busque alcançar uma auto avaliação positiva, onde o amor próprio seja o ponto de equilíbrio entre o que o outro espera de mim X o que eu sou capaz e quero oferecer à ele. Assim torna-se menos penoso e consciente a resposta que daremos para a seguinte pergunta: 

Para quem eu quero emagrecer?

Quando entendemos que a busca pelo emagrecimento deve ser uma demanda pessoal e temos consciência dos benefícios dessa conquista, passamos a investir em algo que sendo alcançado trará contigo a promessa de auto realização. Já, quando emagrecemos "para o outro" corremos o risco de experimentarmos a frustração, uma vez que nem sempre é possível responder as expectativas alheias, já que não sabemos ao certo os contornos das escolhas daqueles que estão para além de nós. Logo, a perda de peso necessariamente precisa ser para contemplação de um padrão de felicidade pessoal e não de obrigação social. 

Quando o emocional interfere no emagrecimento

Não são raros os casos em que a existência de problemas psicológicos  dificultam ou inviabilizam a perda de peso. Contudo, quando previamente diagnosticado e adequadamente tratados, podem ser superados, o que diminui expressivamente as chances de comprometimento de um programa de emagrecimento elaborado por um profissional competente e consciente das especificidades do caso em questão. 
Basta que se observe ao redor para que seja possível perceber que as emoções são para grande parte da humanidade uma das mais contundente forma de influência comportamental, o que nos leva a crer que quando mal administrados, podem inviabilizar a melhor das intenções, fazendo com que o indivíduo mesmo que saiba o correto a se fazer não consiga realizar o que deveria. 
Transtornos emocionais, tais como a compulsão alimentar, a ansiedade, a depressão e até mesmo o estresse são comumente apontados como parcialmente responsáveis pelo ganho de peso ou dificultadores do emagrecimento. Esses transtornos devem ser vistos com olhar criterioso, capaz de identificar não apenas os sintomas e o grau de comprometimento da vida do sujeito mas também a fonte geradora dos mesmos.
Isso poderá ser feito por um profissional capacitado e a decisão de aciona-lo deve sempre partir de quem é acometido por tais patologias.

Falar claramente sobre os sintomas, ajudará o médico, o psicólogo e/ou nutricionista a captar os sinais de dificuldades emocionais enfrentadas pelo paciente e sendo identificado qualquer alteração a nível patológico, apenas indicar à atividades físicas e dieta não é a orientação mais adequada.
Em alguns casos, o tratamento para perda de peso deve ser multidisciplinar; nesse sentido vale a máxima que diz: "A união faz a força!".

Pois a obesidade nem sempre  é apenas e simplesmente uma doença capaz de provocar alterações físicas. Ela pode ser a manifestação de um sintoma que esconde algo muito mais grave.

Algumas pessoas estão acima do peso não por excesso de fome e sim pela "simples" vontade de comer. Com isso não comem por uma questão fisiológica, mas pela sensação de prazer ou pela "compensação" que a comida oferece. Outros apresentam distúrbios nutricionais, inatividade física, problemas fisiológicos, ou obesidade secundária, provocada pelo uso de medicamentos e etc.

Enfim, as causas da obesidade podem ou não estarem ligadas a um ou mais desses fatores. Portanto, cabe a cada um, com a ajuda de um profissional, investigar e chegar a uma resposta. Pois, a  única garantia que se tem é o que o obeso não é um “sem vergonha”, “guloso”, “fracassado” e “sem limites”. E na maioria das vezes, o que ele mais deseja, é alcançar o peso ideal. Um peso que lhe garanta boa saúde, disposição, e qualidade de vida.

Emagrecimento: Estética X Saúde 

O número de pessoas acometidas pela obesidade é algo que tem crescido assustadoramente. E esta condição coloca esses indivíduos em lugar de vulnerabilidade, uma vez que o excesso de peso abre portas para diversas comorbidades e em casos mais severos pode levar a morte.

Sabe-se que o obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras. E isso tem feito com que tal patologia esteja na mira da OMS, que atualmente trata a obesidade como um problema de saúde pública, principalmente, pelas as várias complicações que ela pode acarretar.

Logo, visto por essa perspectiva, entende-se que esse "fenômeno" deve ser tratado não apenas por preocupações estéticas, mas principalmente por questões de prevenção à saúde e qualidade de vida. 

Pensando na dieta



Para começar, identifique o seu objetivo. 

Trace o caminho a ser percorrido. 

Defina os seus possíveis parceiros. 

Planeje. 

Procure um nutricionista e descubra o que é melhor para o seu organismo. O profissional irá elaborar um plano alimentar específico para você, baseado nos seus hábitos, gostos, estilo de vida, o que você gosta de comer ou quais nutrientes você precisa ingerir em maior quantidade.



Estabeleça metas possíveis de serem alcançadas. (As metas devem ser "SMART" - Metas SMART são metas construídas de forma a se considerar 5 atributos: 


S (Específico), M (Mensurável), A (Atingível), R (Relevante) e T(Temporal)).

Uma meta sem prazo é uma meta que nunca será batida, portanto sempre associe uma meta a um período de tempo que ela deve ser realizada.

Comemore os pequenos resultados. 

Dicas para controle de peso:

- Alimentar-se de 3 em 3 horas

É essencial que você se alimente de três em três horas diariamente para obter sucesso em uma dieta. Caso contrário, seu metabolismo ficará mais lento e você sentirá muito mais fome do que o normal, comendo ainda mais na próxima refeição.

- Preferir alimentos naturais à industrializados

- Substituir doces por frutas

- Evitar frituras. Preferir alimentos assados ou grelhados.

- Priorizar alimentos integrais aos  processados

Os alimentos integrais são bem mais nutritivos que os refinados, pois possuem maior quantidade de vitaminas, minerais e fibras. Apesar de serem mais calóricos em alguns alimentos, eles nos dão uma maior sensação de saciedade.

- Mastigar bem os alimentos, saborear os alimentos, não comer com pressa!

- Aumentar ingestão de fibras através de frutas, verduras e alimentos integrais.

Se o seu objetivo é emagrecer de uma forma saudável, não pode dispensar os alimentos com fibras do cardápio. Eles proporcionam muitos benefícios para o organismo, como a diminuição do colesterol e o controle da glicemia. Além disso, eles também dão sensação de saciedade e regulam o intestino, fazendo com que sua barriga desinche.
Alimentos como linhaça, chia e farinha de maracujá ajudam a fazer uma boa limpeza no organismo, eliminando suas toxinas. 

- Sirva primeiro a salada

- Priorize carnes magras como peixe, frango sem pele.

- Reduza o consumo álcool, açúcar, óleos e gorduras.

Ingerir álcool e doces é pedir para jogar a dieta no buraco. Seja regrada (o) e evite consumir esses alimentos durante a semana. Para não passar vontade, deixe para degustá-los nos finais de semana. Mesmo assim, não exagere, pois cada grama de álcool possui sete calorias e faz com que a sua musculatura desidrate.

- Beber água durante todo o dia, de preferencia fora das refeiçoes.

A água é a maior aliada de qualquer dieta. Você deve beber no mínimo dois litros dela por dia. Tenha sempre com você uma garrafinha de água. Além de ela hidratar o corpo, ajuda também a eliminar impurezas, auxiliar na absorção de nutrientes e emagrecer.

- Praticar atividade física
Desculpas como não ter tempo para o exercício físico no dia a dia não são mais aceitas. Reserve uma hora do seu dia para mexer o corpo. Escolha um exercício que você mais goste e dedique-se. 
A perseverança te levará à onde você desejar estar. Afinal, " o que nos impulsiona é sempre o objetivo e a recompensa, mas o que nos mantém em movimento é o foco e a determinação".

Texto escrito por: Mary Layne Fernandes - Psicóloga/Neuropsicologa - Life e Professional Coach LPC/Consultora de RH - Palestrante/Especialista em Gestão de Pessoas. 





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