sexta-feira, 10 de junho de 2016

O que aprendemos com o acidente na rodovia Mogi-Bertioga


Um ônibus que levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião, no km 84 da rodovia, na descida da serra, perdeu o controle logo depois de o motorista fazer uma curva. O veículo atravessou a pista, bateu nas pedras, capotou e caiu em um barranco.

(Foto: Edu Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Segundo o Corpo de Bombeiros, 15 pessoas, incluindo o motorista, morreram no local do acidente. Outras três morreram em hospitais e muitos outros ainda se encontram feridos e sob cuidados médicos.

Como não se emocionar com tamanha tragédia? Como não se emocionar com a morte de tantos jovens, sobretudo pela forma brutal em que essas vidas foram interrompidas...

Estes jovens, não estavam sob efeito de nenhuma substância capaz de causar efeitos colaterais de entorpecimento, embriaguez ou qualquer tipo de sensação de transtorno psicossensorial. Na ocasião, não desobedeciam nenhuma regra de circulação de trânsito, nem tão pouco dirigiam sem estarem devidamente habilitados. Eram passageiros de um ônibus escolar... Foram vítimas de uma fatalidade!

Essas pessoas saiam todos os dias de  suas casas em direção ao sonho de "serem alguém na vida". Eram estudantes de engenharia, ciências contábeis, arquitetura, farmácia, psicologia... Eram filhos, netos, pais, maridos e esposas.

Eram sonhadores! Sonhavam com um futuro onde pudessem fazer o que escolheram fazer, a fim de contribuírem para formação de um mundo melhor.

 (Foto: Jonny Ueda/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Creio eu que estes jovens sonhavam com a possibilidade de um dia proporcionarem melhores condições de vida à seus familiares, retribuírem a confiança que um dia neles fora depositada e então provarem para amigos e entes queridos que fizeram um bom negócio ao "apostarem" neles.

Posso imaginar o quanto cada um desses estudantes desejou ver o brilho nos olhos dos pais na noite de suas formatura e então merecidamente receberem os seus aplausos. Mas infelizmente isso não foi possível!

Hoje os olhos de quem convivia com esses meninos (a) e de todos que se solidarizaram com inestimável perda, brilham marejados de lágrimas. Lágrimas de tristeza e dor. Lágrimas que brotam da alma, lágrimas de quem perdeu para a morte...

Mas o que aprendemos com tudo isso?

Sabemos que não há como fugir do dia em que seremos chamados à nos ausentar deste mundo e que a dor causada por este momento será inevitável para os que nos amam. Sabemos que "um dia iremos morrer; mas todos os outros dias estaremos vivos" e por isso devemos  fazer de nossa estádia nesta terra uma coleção de momentos inesquecíveis. Tempos de compreensão, de empatia, de solidariedade, misericórdia e compaixão.

Tempos de amor!

Devemos fazer de nossos relacionamentos algo tão profundo e sincero que não haverá lugar para desconfianças, traições usurpação e dor.

Foto: Jamile Santana/G1
Devemos fazer de nosso lar um lugar de paz e harmonia, do nosso local de trabalho, um lugar de companheirismo; das nossas escolas e universidades locais de aprendizado e desenvolvimento para a vida...
Podemos e devemos fazer desse mundo um lugar melhor para se viver, onde o respeito ao próximo seja soberano. Onde "o diferente" seja aceito e jamais excluído e que toda forma de opressão seja extinta.

Podemos viver o melhor que a vida tem a nos oferecer, certos que que esse melhor não tem preço. É tesouro de valor incomensurável, impossível de ser taxado por qualquer moeda corrente que por hora está em alta e logo se vê desvalorizada.

Que a morte inesperada dessas pessoas nos ensine que talvez não seja possível viver mais, mas enquanto vivermos podemos viver bem!!!


Mary Layne Fernandes

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