terça-feira, 3 de setembro de 2019

A dor e a fé que há no luto - Uma vivência subjetiva

Quando Deus toma de volta um irmão, sofremos como loucos e por um instante chegamos a questionar o motivo de "tamanha crueldade".

Como se tudo tivesse a ver conosco, nos voltamos para o céu e buscamos entender onde foi que erramos e o que fizemos para merecer tanta dor...

Brigamos com o Criador, falamos como quem tem razão, batemos no peito e chegamos a dizer em alto e bom tom que se estivéssemos no controle da vida teríamos feito diferente!

Deus em sua supremacia não responde a nossa insensatez. Diante do nosso desequilíbrio ele se cala e em nítida manifestação de sua misericórdia, demonstra compreensão diante das nossas limitações e fraquezas e principalmente nelas Ele nos acolhe e nos ama.

Então Ele trabalha...

O tempo passa e nesse ínterim a dor e o desespero gerados pela falta dão lugar à razão, e muito embora o vazio permaneça, entendemos que o propósito não é a partir da "perda"; ele sempre existiu e nada que fizéssemos mudaria o que já estava estabelecido.

Percebemos então a urgência do ressignificar. Compreendemos a necessidade de retirar o afeto que ainda há no ocorrido.

A pressa está agora em não mais sermos dominados pela tristeza que sentimos. Aqui a resiliência se faz emergente.
Não temos escolha! Ou prosseguimos ou seremos devorados pelas nossas emoções.

Sabemos que lamúrias e lágrimas não trarão de volta quem partiu. Portanto, só nos resta potencializar o que foi bom; reviver com alegria os momentos de amizade, carinho e comunhão.

Cada riso, cada conselho, todos os abraços e aconchego... Tudo; tudo se torna parte de uma herança e é o inventário emocional que fazemos que nos permite tomar posse daquilo que foi gerado em parceria.

Nesse momento descobrimos que na relação com o outro somos na verdade legatários das experiências que vivemos; beneficiários de um legado construído e alicerçado sobre o pilar da disponibilidade, doação, aceitação, cumplicidade, entrega, amizade, fé e amor.

Logo, compreende-se que a recolhida de um amigo/irmão não representa ruptura, tão pouco o desatar dos laços afetivos que outrora foram delicadamente construídos; a sua partida é apenas o afastamento do corpo corruptível para que se estabeleça o que é de fato eterno.

Fernandes, Mary Layne  - A dor e a fé que há no luto. Uma vivência subjetiva.

#SaudadesEterna
#MaisPertoDeDeus
#TemGenteQueÉparaSempre

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